sábado, 11 de outubro de 2014

Ator Carlos Bardem vive pastor brasileiro corrupto em filme mexicano exibido no Festival do Rio


O Festival do Rio está apresentando, dentre outros filmes, um longa metragem mexicano chamado “González”, que tem entre seus personagens, um pastor evangélico brasileiro mau caráter.
O pastor é interpretado pelo ator espanhol Carlos Bardem, irmão mais velho do conhecido Javier Bardem, que atuou em filmes de Hollywood como “007 – Operação Skyfall” e “Comer, Rezar, Amar”.
Dentre outros motivos, Carlos Bardem foi escolhido para o papel por ter vivido quatro anos no Rio de Janeiro no final dos anos 1980, e domina a língua portuguesa. “Eu falo português como um espanhol, e meu personagem deveria falar espanhol como um brasileiro. Apostamos em um portunhol que poderia ser comum a mim e ao personagem”, comentou em entrevista à revista Veja.
O personagem de Carlos é o pastor Elias, que não tem escrúpulos e está à frente de uma denominação pentecostal no México. “Quando se pensava em um pastor carismático e ladrão, logo se pensava num brasileiro. Há ladrões em todo lugar do mundo, claro. Mas a igreja evangélica tem uma enorme potência no Brasil, que anda espalhando várias delas pelo mundo”, diz o ator, explicando o motivo de a nacionalidade do pastor corrupto ser brasileira.
O filme mostra González, uma ateu desempregado e desesperado, que se vê diante da chance de se tornar pastor e tem como modelo o corrupto Elias. Para Carlos Bardem, essa é uma história que reflete a realidade de muitas pessoas no mundo atualmente.
“González [vivido pelo ator Harold Torres] é o personagem principal, que começa a trabalhar no telemarketing e a sonhar em ser o pastor. Meu personagem [o pastor corrupto] é o antagonista, mas também o modelo do protagonista. González alucina, tem sonhos com a vida do Elías, que é um tipo de monstro. A gente está vivendo uma crise econômica mundial, o desemprego é enorme, e desemprego leva a desespero. Homens como ele vendem esperança. O filme faz uma reflexão sobre as religiões. Mostra que, se a gente ficar menos desesperado e mais indignado, buscará políticos mais honrados que nos representem, não sem-vergonhas como esse pastor que eu represento”, conclui o ator.

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