Nesse domingo, um grave acidente envolvendo um ônibus que transportava fiéis da Igreja Assembleia de Deus de Claro dos Poções (MG) matou 2 pessoas e deixou 32 feridas. O ônibus capotou quando levava o grupo de evangélicos para um circulo de oração na cidade de Água Boa, a cerca de 20 km de Claro dos Poções.
De acordo com o relato de testemunhas à Polícia Rodoviária Federal o ônibus apresentava problemas na marcha e estava sem freio motor. O pastor José Antônio Barbosa contou ainda que o ônibus já havia apresentado problemas mecânicos, mas que a viagem seguiu após o problema ter sido, supostamente, corrigido pelo motorista.
- O ônibus foi contratado por um serviço terceirizado e já havia apresentado problemas logo no início do trajeto. Fomos até chamados para vir buscar os passageiros com outro ônibus, mas o motorista parou e achou que tivesse resolvido o problema e que poderiam seguir viagem. Porém, perdeu o controle do veículo na descida e capotou na virada do trevo – relatou o pastor, que chegou ao local logo depois do acidente.
- Averiguamos que o veículo está com a lataria comprometida e pneus carecas. Mas a perícia apontará ainda a conclusão sobre as causas do acidente – completou o policial Rossiny Alves, segundo o G1.
O capotamento do ônibus vitimou fatalmente uma menina de 9 anos e um homem de 82 anos, que morreram no local, e deixou 32 feridos, muitos deles em estado grave. Uma mulher que teve o braço direito amputado foi levada de helicóptero para a Santa Casa de Montes Claros, que também recebeu outros quatro vítimas em estado grave.
O Hospital Universitário de Montes Claros, que é referência em traumatologia, recebeu 13 pacientes, assim como os hospitais Aroldo Torinho e Dilson Godinho, que também receberam pacientes com ferimentos graves. Pacientes com escoriações mais leves foram levados para o Hospital Regional Pirapora.
- Primeiro fizemos o atendimento às cinco vítimas em estado mais grave. Muitos estavam presos às ferragens. Todos os passageiros estavam sem cinto de segurança – afirmou o tenente Castro, do Corpo de Bombeiros.
- Deparamos aqui com uma situação a qual foi necessário colocar em prática um plano de catástrofe, mobilizando todos os profissionais, inclusive estudantes do último período de medicina, e todos os hospitais da nossa rede para fazer o atendimento às vítimas – explicou Frederico Willer, gerente de urgência e emergência de Montes Claros.
O acidente mobilizou também os membros da igreja, além de familiares e conhecidos das vítimas.
- Todo mundo que estava no ônibus era conhecido. Assim que soube do acidente vim para cá e me deparei com essa tragédia – contou o estudante Eduardo Santos.
- Um caminhoneiro que estava logo atrás do ônibus tinha uma segueta e ajudou a tirar algumas pessoas que estavam presas às ferragens – relatou o músico e membro da Assembleia de Deus Jadir Martins Pimenta, que foi um dos primeiros a prestar socorro às vítimas
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