domingo, 23 de novembro de 2014

OAB vai combater sacrifícios de animais em rituais de religiões afro; Pai de santo acusa evangélicos de perseguição

                        
O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB-RJ, Reynaldo Velloso, afirmou que a entidade irá combater o sacrifício de animais em ritos das religiões afro-brasileiras a partir do próximo ano.
“Tradição tem que ser na África, não no Brasil”, disse Velloso, em discurso durante a XXII Conferência Nacional dos Advogados. Na umbanda, candomblé e outros cultos afro-brasileiros, o sacrifício de animais durante as celebrações é tido como sagrado.
De acordo com o jornal O Dia, representantes do candomblé alegaram perseguição religiosa. O babalorixá Ivanir dos Santos, que preside a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, afirmou que a iniciativa de Velloso é injusta e acusou grupos evangélicos de orquestrarem a medida.
“Isso é perseguição de grupos evangélicos, e ele está querendo usar isso como forma de se notabilizar”, afirmou. Para Ivanir, a prática do sacrifício é interpretada de maneira equivocada: “Os animais têm que ser defendidos, mas as pessoas têm que entender os limites da nossa tradição da sacralização do alimento”, argumentou.
O pai de santo também se disse tranquilo quanto à situação, pois “outras ações jurídicas já feitas em combate à pratica foram consideradas inconstitucionais”.
No entanto, Velloso sugere que o sacrifício é praticado por religiões com “pouca representação” na sociedade brasileira: “Só o candomblé e mais religiões de poucos adeptos cometem essa prática. Tem que prevalecer a vontade da maioria. Onde já se viu matar um ser indefeso para uma entidade evoluir? Isso só existe na cabeça das pessoas”, protestou.
Velloso rebateu o argumento do pai de santo e disse que não é evangélico, e reforçou a ideia de que o sacrifício de animais é uma afronta à Constituição Federal.
“A religião tem que ter um limite. Há leis que proíbem maus tratos aos animais. A religiosidade tem que se submeter a todas as regras da vida. Você não tem direito de matar um marginal se ele invadir sua casa”, disse Velloso.

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