Formado por aproximadamente 3.500 padres da Alemanha, Irlanda, Suíça, Austrália e Estados Unidos, o grupo pede que a Igreja Católica permita, entre outras coisas, a ordenação de mulheres ao sacerdócio, novos casamentos de fiéis divorciados e a ordenação a padre de homens casados.
A motivação do grupo é o medo de que, pela falta de padres, fiéis abandonem as paróquias e consequentemente a fé: “Nós queremos abordar a questão mais candente: o futuro das comunidades. Nós queremos estar lá por elas, e o seu futuro está em perigo por causa da escassez de padres”, declarou o padre Helmut Schüller, de 61 anos, líder do grupo denominado Iniciativa dos Padres, em entrevista à revista Exame.
Uma reunião com 30 padres integrantes do grupo e representantes dos 3.500 associados ao movimento está sendo organizada na cidade de Bregens, Áustria, com o intuito de pedir ao papa Francisco que inclua os temas na reforma iniciada por ele no Vaticano e na Igreja Católica.
Entre os itens que serão debatidos pelos padres da Iniciativa está a proposta de comunhão com protestantes. Apesar de Francisco estar se concentrando, neste momento, em mudar questões que são vistas como fundamentais para que o pontífice anterior, papa Bento XVI, renunciasse, os padres dissidentes acreditam que num futuro próximo terão suas reclamações ouvidas.
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