Porém, as grandes aglomerações nas igrejas contrariam as orientações e alertas do governo para evitar grandes reuniões púbicas, a fim de conter a epidemia. O surto da doença fez com que Serra Leoa e Libéria foram declaradas zonas de emergência, visto que o Ebola que é uma doença altamente contagiosa e incurável. O vírus também afetou a população de Guiné e se espalhou pela Nigéria.
Apesar dos alertas para evitar aglomerações, um número cada vez maior de pessoas continua se reunindo nas igrejas, principalmente nas pentecostais, e os religiosos afirmam que o surto da doença não irá abalar sua fé.
- Todo mundo está com muito medo. No entanto, o ebola não abalará a nossa fé… porque nós já passamos por tempos difíceis – afirmou Jones Martee Seator da Igreja Luterana.
Devido às grandes aglomerações de pessoas, as igrejas de Morovia, capital da Libéria, colocaram baldes de plástico com água e cloro para que os fiéis pudessem desinfetar as mãos. Segundo o Charisma News, os pastores pediram também que os fiéis sigam as instruções dadas pelas autoridades sanitárias sobre a epidemia.
As medidas de quarentena imposta às comunidades infectadas têm afetado o comércio e o fornecimento de alimentos em alguns dos países mais pobres do mundo. Em Serra Leoa, o bispo Abu Aja Koroma da Igreja Flaming Bible, em Freetown, comentou o aumento dos preços dos bens de consumo afirmando que isso estava destruindo a economia do país. Diante de tal situação ele catalogou o ebola como ‘um demônio’.
Em seu sermão do último domingo, o bispo proclamou o arrependimento entre os fiéis “para evitar este flagelo em nosso país”.
A interpretação da doença por um viés religioso levou também, recentemente, líderes do Conselho de Igrejas da Libéria (LCC) a afirmarem que o vírus foi enviado por Deus como uma punição pelos “atos imorais” dos homossexuais.
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