O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou durante uma entrevista que o salário dele como parlamentar é igual ao que recebia como professor universitário antes de se eleger, e que por isso, não considera a remuneração “excessiva”.
As declarações foram dadas ao jornalista Marcelo Tas, durante o programa Tas Ao Vivo, no portal Terra, na última quinta-feira. Wyllys disse que com os descontos de Imposto de Renda e Contribuição Partidária, seu salário líquido é de R$ 15 mil. “Eu não acho que [o salário de um deputado] seja excessivo”, afirmou, antes de concluir dizendo que a população deveria se queixar dos vencimentos que os grandes executivos recebem de empresas privadas.
No Twitter, diversos cristãos se incomodaram com as declarações de Jean Wyllys, e reclamaram dos argumentos usados pelo deputado para defender a ideia de que o salário de um parlamentar – R$ 26.723,13 segundo o site da Câmara dos Deputados – não seja excessivo.
Em resposta, Wyllys afirmou que os cristãos não deveriam se preocupar com o salário dos deputados, mas sim com os pastores: “Nunca vi, em minha TL, ‘cristãos’ tão preocupados com o salário de um deputado, mas não com os lucros obscenos de seus pastores!”, atacou.
Como o assunto cresceu nas redes sociais, alguns internautas foram investigar o uso que o deputado Jean Wyllys faz da verba recebida por ele para uso com o gabinete. Entre os gastos apresentados por ele à Câmara dos Deputados, estão o custeio de refeições à beira da praia, cafés em aeroportos e até R$ 200,00 gastos numa churrascaria.
“O cara tem um salário de 26 mil reais, 1,2 milhão em uma legislatura, descontando os impostos, são 720 mil livres. Ele com auxílio moradia ou residência oficial, etc, auxílio paletó, ainda faz a gente pagar reembolso de gasto em restaurante dele”, reclamou Leonardo Lopes.
Já o site Reaçonaria publicou detalhes de outras despesas, como transporte, e apresentou o uso de R$ 4 mil do dinheiro público para locação de carros, além de uma corrida de táxi sem nota fiscal.
Jean Wyllys classificou o assunto como distorção de suas palavras e disse que nenhuma campanha difamatória contra ele seria bem sucedida.
“Os difamadores burros já deveriam ter aprendido que não adianta me difamar nas redes sociais, deturpando minhas palavras em entrevistas. Quem acredita na difamação é gente mal informada ou de má fé, ou seja, gente que já não vota em mim, me odeia e acredita na difamação… Além disso, tentar me difamar para que meia dúzia de gente estúpida e homofóbica me insiste em minhas redes é perda de tempo. Sou imune! Não desperdicem seu tempo, difamadores e asseclas. Procurem estudar, ler livros, expressar-se bem na língua escrita. É melhor! Gente que entra em histeria a partir de deturpações nas redes sociais apenas evidencia o quão pode ser manipulada; e destila ódio à toa”, escreveu o deputado.
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