A vida de pessoas que cometeram crimes, foram presas e julgadas, e depois de cumprirem suas sentenças, tentam recomeçar suas rotinas, foi tema de uma reportagem especial da revista IstoÉ da última semana.
A reportagem conta a história de quatro casos, entre eles dois personagens que atualmente, são evangélicos.
O primeiro caso relatado envolvendo um evangélico é o deGuilherme de Pádua, ex-ator, preso e condenado pelo assassinato da atriz Daniella Perez, filha da autora de novelas Glória Perez, em 28 de dezembro de 1992. A esposa de Guilherme na época, Paula Thomaz, participou do crime e também foi condenada. Ambos já cumpriram suas penas e estão em liberdade atualmente.
O segundo caso é o do economista José Carlos Alves dos Santos, que há 20 anos teve o nome envolvido na polêmica apelidada de “Máfia dos Anões do Orçamento”, e foi preso, julgado e condenado pela morte de sua esposa. Com a pena cumprida e aposentado do cargo de economista do Senado, vive em Brasília.
Guilherme de Pádua, 43 anos, conseguiu liberdade condicional em 1999, e desde então, nunca mais teve o nome ligado a polêmicas. Ausente da mídia, atualmente é obreiro da Igreja Batista da Lagoinha, e também trabalha na área de Tecnologia de Informação da igreja em Belo Horizonte, além de atuar em projetos de proteção a animais ao lado da atual esposta, Paula Maia, 28 anos.
Numa entrevista ao jornal Correio da Cidade, Pádua fez questão de ressaltar sua mudança de vida: “Vim mostrar para as pessoas como um cara tão desviado e tendente às coisas vazias tornou-se tão apaixonado por Jesus Cristo”. O ex-ator revela que passou por forte rejeição nas ruas: “Cheguei a levar cuspida na cara”, conta, antes de afirmar que “sempre ora pela vida de Glória Perez “.
José Carlos Alves dos Santos frequenta uma igreja batista, e trabalha como corretor de imóveis em bairros residenciais de classe média em Brasília. Antes de ser preso, possuía 12 imóveis em bairros nobres de Brasília, bens que agora estão bloqueados devido a outros processos que correm na Justiça. Ao sair da cadeia quatro anos depois, conseguiu ajuda de seu ex-advogado e tornou-se corretor de imóveis, renda que somada a sua aposentadoria de R$ 5 mil que conseguiu pelo tempo que trabalhou no Senado, o sustenta numa casa no Lago Norte, considerada área nobre de Brasília, onde vive com a atual esposa, Crislene Oliveira, que era sua amante quando ele assassinou a esposa. Mesmo no período em que esteve preso, Santos contou com a companhia de Crislene.
Antes relacionado à corrupção, Santos se mostra como um exemplo de conversão: “Nunca tinha colocado a mão na Bíblia”, revela, lamentando a o que chamou de distorção e repercussão dos fatos na época, que tornaram sua relação com os filhos distante: “Sofri muito na mão da imprensa, eu não quero mais entrar nesse assunto, pois aparecer prejudica meus filhos, minha família. Foi uma promessa que eu fiz a mim mesmo, de nunca mais falar nisso”, diz.
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